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Empresa privada situada em Fortaleza, Ceará. Fundada em 1969.

15.1.09

Inace entrega navio de US$ 24 milhões à Namíbia

Estaleiro cearense é o primeiro do setor privado a construir uma embarcação de guerra para a Marinha de outro país


Link para a reportagem no Jornal O POVO



Carlos Henrique Coelho da Redação15 Jan 2009 - 01h18min


A Indústria Naval do Ceará (Inace) entrega, na próxima sexta-feira, dia 16, o navio-patrulha de US$ 24 milhões que construiu para a Marinha da Namíbia, país localizada no sudoeste africano. A embarcação é a primeira encomenda do pacote fechado pela empresa cearense e o governo do país. Ainda estão previstos a produção e o fornecimento de mais quatro lanchas-patrulha.


Com atuação nos mercados da Europa, África e Américas do Norte e Central, a Inace, empresa que completa 40 anos em 2009, é a maior exportadora de iates de luxo da América Latina e está entre os 30 maiores estaleiros do mundo.


O complexo industrial fabrica navios de 200 toneladas a 5 mil toneladas, para fins civis e militares e é o primeiro armador a construir um navio militar, de guerra, para outro país.


Entre os clientes da Inace, seis têm contrato firmado com a Petrobras para atividades de apoio, entre eles a cearense Marimar S.A., que venceu licitação junto à petrolífera e garantiu financiamento de 90% dos US$ 30 milhões necessários para o projeto. Os recursos são provenientes de financiamento do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) à Marinha Mercante.


"O projeto prevê a construção de cinco barcos, sendo dois UT 4000 e três P5. As obras começam este mês e o prazo de entrega é de 24 a 36 meses”, informa o presidente da Marimar S.A., José Nogueira. O contrato da empresa cearense com a Petrobras é de oito anos, com prorrogação de mais oito, e faz parte do programa de renovação de frota da estatal.


Petrobras


A Marimar já possui sete embarcações trabalhando para a petrolífera, no Ceará e Rio Grande do Norte. “A Petrobras diz que, a princípio, dos novos navios, dois iriam para o Rio de Janeiro, mas acredito que todos devam ficar pelo Nordeste mesmo”, avalia Nogueira. Ele comenta sobre a importância de uma refinaria Premium no Estado. “O setor de logística ganharia muito com um investimento deste porte. Acho que nossa região merece pelo o que produz”, ressalta.


Apesar de negociar com empresas que trabalham para a Petrobras, o Inace não pretende entrar em qualquer tipo de concorrência para a Transpetro, subsidiária da estatal, voltada para o transporte de petróleo e derivados. “Não entramos por causa da fórmula utilizada. Vencendo uma licitação, primeiro construímos o navio para depois receber pelo serviço. Não vamos investir sem ter a garantia de que vamos reaver o dinheiro depois”, explica Elisa Gradvohl.

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