Blog dos colaboradores do Estaleiro INACE

Empresa privada situada em Fortaleza, Ceará. Fundada em 1969.

16.6.07

Brasil pode ser potência mundial da indústria naval, diz ministro Miguel Jorge

Publicada em: 14/06/2007

Rodrigo Lima (Panorama Brasil)

SÃO PAULO - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Miguel Jorge, declarou hoje (14) que o país "tem capacidade para tornar-se uma potência mundial da indústria naval", logo após reunir-se com empresários no Rio de Janeiro (RJ) para estudar medidas para alavancar o setor.

O ministro disse que a sua participação no encontro setorial da indústria naval tem como objetivo tornar o Brasil um "player" mundial no segmento. Miguel Jorge acredita nessa possibilidade baseado no considerável aumento das encomendas nas plataformas e estaleiros localizados no país. Mas ressaltou que, para tanto, "é necessário que haja uma organização do setor e um planejamento de longo prazo, uma vez que a confecção de navios é lenta."

Conforme informa a assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), outra preocupação compartilhada pelo governo federal e pelos empresários do setor é estimular a fabricação nacional de navipeças. Isso forneceria uma boa sustentabilidade ao segmento no Brasil, pois haveria crescimento da cadeia de ponta a ponta. Essa necessária sustentabilidade estaria baseada na formação de recursos humanos concomitantemente ao fornecimento de peças e aço naval no país.

Um comentário:

David disse...

Eu só acredito nisso se as ZPEs acontecerem. Como é que nós vamos entrar no mercado mundial sem ter uma base razoavelmente sólida de demanda por esse tipo de transporte no Brasil? A cadeia toda tem que ser contemplada, desde os portos, máquinas pesadas, siderúrgicas, faculdades de engenharia naval - no Brasil só temos 3 cursos atualmente, os esportes náuticos, etc.

O governo, que é o principal motor dessa indústria tem dificuldades para implantar programas produtivos, imagina o capital privado. O jogo dos interesses é sempre contra o profissionalismo e a técnica. É preciso fazer a pressão social de modo tal que haja um apelo popular e fazer com que a liderança entenda a dimensão do assunto e faça as coisas acontecerem de fato.

Se isso acontecer, eu boto fé nesse negócio.